Navegando

Para o piloto ganhar provas de enduro de regularidade, ele deve além de pilotar bem a moto, roteirar sem se perder e principalmente andar dentro do tempo na prova para zerar os PCs, ele poderá utilizar máquinas especiais de navegação e ou utilizar odômetro mecânico, cronômetro e a planilha.
NAVEGANDO COM O CRONÔMETRO.
Em provas que não é possível utilizar as máquinas ou se o piloto não a possui, existe maneira de navegar realizando alguns cálculos manualmente e utilizando dois cronômetros.
Daremos dicas de como navegar sem as máquinas.
Vamos lá:
Por determinação do regulamento de Enduro de regularidade e também para facilitar as contas, todas as médias no enduro de regularidade são divisíveis por três (3), por exemplo 12, 21, 36, 45 e assim por diante.
Então para encontrar o valor em metros/minuto, deve-se multiplicar a media por cem (100) e depois dividir por seis (6). Exemplo: para saber quantos metros por minuto deve-se andar com a média 27 Km/h, o cálculo é 27 x 100 / 6 que resulta 450 metros por minutos(m/min). Existem outras formulas, porém esta é a mais simples para este tipo de situação.
A prova inteira (dispara na largada e não mexe mais); e outro para marcar os tempos parciais em cada trecho.
Depois de fazer a cálculo conversão de metros por minuto, que no nosso exemplo é , 450 Mt/min, o piloto aciona o cronômetro parcial nas mudanças de media e/ou quando zera o odômetro, tudo isto baseado na planilha juntamente com o odômetro. Para você não precisar fazer o cálculo toda vez, existe uma tabela que corresponde a média horária com metros por minuto, que você pode fixar na moto para facilitar a navegação.
EXEMPLO 1:
Vamos um exemplo prático: Você está iniciando uma prova e disparou os dois cronômetros (total e o parcial) e é claro zerou o odômetro, a media é 27 por hora, conseqüentemente é 450 Mt/min. No primeiro minuto da prova e do trecho dever marcar 450 metros no odômetro, em dois minutos o odômetro deve estar com 900 m, no terceiro 1350 m, e assim por diante. Nos 1500 m é para zerar o odômetro, na planilha vai estar o valor tempo ideal de prova que você confere com o cronômetro total. Suponhamos que você está no tempo ideal, o novo trecho é 36 por hora (600 metros por minuto), então você zera o odômetro e o cronômetro parcial (dispara), e quando o primeiro minuto do cronômetro parcial aparecer você deverá ter andando 600 m/min.
Bom, se você andar sempre no tempo isto é tranqüilo, porém, tem um pequeno probleminha, se houver mudança de média horária sem zerar o odômetro a coisa fica mais complicada, é ai tem que ter boa memória. Quando a média horária muda sem zerar o odômetro, você deverá zerar e disparar o cronômetro e subtrair o valor do odômetro atual com o valor que estava quando mudou de media, para saber quantos metros você andou neste trecho para comparar com os minutos do cronômetro parcial. Ufa.....
EXEMPLO 2:
Na planilha mostra que no Km 2,75 deverá ser mudado de media para 21 Km/h (350 Mt/Min) supomos que você está no tempo, então você zera e dispara o cronômetro parcial, quando passar um minuto no cronômetro deverá estar marcando no odômetro 3,10 Km (2,75 mais 0,35). Continua utilizando está formula até que seja zerado o odômetro,
Nos enduros em que a planilha tenha todos os tempos calculados (acumulado) por referencias (tulipa), fica mais fácil porque é só conferir o tempo acumulado da planilha com o cronômetro geral da prova. Porém se existir um longo trecho em Km sem referencia na planilha você fica sem saber se está no tempo. Para isto utiliza-se o outro cronômetro com as dicas que foram explicadas.
Parece ser complicado, nem tanto é só navegar para ver.
NAVEGANDO COM MÁQUINA.
Como explicado anteriormente é possível navegar sem o uso de máquinas, porem o uso delas simplifica bastante a navegação e muitos Enduristas atualmente utilizam calculadoras e máquinas especiais preparadas para esse fim (HP compass, etc ) que facilitam mais ainda a pilotagem. Estas calculadoras/máquinas são preparadas para fornecer o máximo de informação para o piloto, tais como, o quilometragem, se está adiantado ou atrasado, tempo de prova número do trecho e etc.
Estas máquinas são conectadas no cabo do odômetro através de um sensor que transforma a rotação mecânica do cabo em pulsos elétricos, e assim um certa quantidade de pulsos representa a metragem percorrida da moto. Certos modelos de maquinas utilizam sensor eletromagnético na roda dianteiro, colocando o imã na roda e o sensor na bengala e cada volta da roda representa uma certa distancia percorrida. Existem pilotos que utilizam os dois sistemas de navegação ao mesmo tempo, para se precaver de possíveis falhas durante a prova de enduro.
As maquinas utilizam normalmente baterias de 9 ou 12 volts.
O uso destas máquinas requer um trabalho adicional antes das provas, é necessário carregar todos os inícios de trechos e mudanças de medias horárias que estão na planilha. Normalmente a planilha é entregue a noite um dia antes da prova, e dai o piloto precisa digitar dos dados. Este trabalho fica simplificado se a organização da prova ou algum piloto já carregou a máquina, é possível copiar os dados de uma maquina para outra, mas cuidado somente as ultimas versões das maquinas é que possui esta facilidade. Tem mais um detalhe, se a prova possuir mais de uma média horária em diferentes categorias, o piloto só pode copiar os dados da máquina que possui a mesma média horária (categoria).
A escolha do tipo/marca da máquina de navegação depende do gosto e do bolso de cada piloto. Conversar com os pilotos mais antigos que tem estas máquinas é uma boa dica.
PRANCHETA OU ROAD BOOK:
As motos trail ou especiais devem instalar a prancheta ou Road Book no guidão para fixar a planilha. O Road Book é o mais indicado, por que facilita para o piloto, ficando a planilha continua (lingüição), sem precisar ficar destacando as folhas (às vezes você destaca duas folhas juntas durante uma prova e ai...), e também evita umidade na planilha por causa da chuva, cerração, rios, lama e a própria umidade nas trilhas.